domingo, 28 de setembro de 2014

Jardins do Palácio de Cristal

Neste último fim de semana eu também visitei os jardins do Palácio de Cristal. O projeto do espaço foi feito no século XIX, por Émille David, um arquiteto alemão especializado em paisagens. São 8 hectares de jardins, que mantêm as características do projeto original: Na entrada principal, está o jardim Émille David, e nos "fundos", as "varandas" estrategicamente projetadas para observar-se em vista panorâmica o Rio Douro e a cidade.

Palácio de Cristal visto da entrada principal
Apesar do outono já ter começado, ainda havia muitas flores:





Bzzzzzzz




 E os animais estavam bem ativos no sol da manhã:




Enquanto eu tirava esta selfie:


Quase foi atropelada por um pavão em vôo rasante haha Ele veio exatamente na minha direção, fazendo um barulho imenso:






Mais pavões:








Pra quem não sabe, o pavão faz QUÉÉÉÉÉÉ:

Imagine um desses voando na sua direção haha foi um grande susto...


Família feliz


Vamos querida!

Não se misture com essa gentalha



Gaivotas:

Oi

De boa...

Eu photobombing a foto da gaivota.

Perfeito



Ternura

Is the city I live in, the city of angels...




Vista para o Douro
O Palácio de Cristal está localizado na rua D. Manuel II, Porto.

Fim de Verão


Neste fim de semana, as ruas do Porto foram invadidas por muita música, animadores, intervenções urbanas e um clima vintage!
Ocorreu o evento: A Festa é aqui, celebração especial do fim do verão, no dia 27 de setembro, das 15:00 à 1:00



Folheto de divulgação do evento A Festa é aqui!
O melhor desses eventos no Porto é que todos particicpam, e o clima de harmonia contagia a cidade, é inexplicável.


Intervenções urbanas
Flores por toda a Rua das Flores
Mean Swing Machine (PortoJazz)
Ford A, automóvel de 1929 e os artistas dos grupos Erva daninha e Nuvem voadora
Dj's na varanda

Dj's na varanda

Dj's na varanda


Havia muitos cãezinhos a passear <3
Foi um ótimo evento! Ótimo trabalho da Câmara Municipal do Porto.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O Ardina


Olá! Este é o Ardina. Estátua de bronze criada por Manuel Dias em 1990, representa, apoiado sobre uma caixa de correio, o ardina, uma característica função do Porto no passado, em sua tarefa diária de distribuição de periódicos. Esta estátua está localizada na Praça da Liberdade, na Avenida dos Aliados, um dos meus locais favoritos no Porto, principalmente à noite, é muito bonito...

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

O furto.

Ontem eu estava a voltar para a casa, toda feliz por ter conhecido uns brasileiros muito fixes, até que resolvi passar no supermercado comprar umas coisinhas. O gajo na minha frente na fila do caixa, era um imigrante, creio de que cabo verde, ou alguma outra ex-colônia, pois ele falava português mas um português "diferente" do continente. ele havia deixado algumas coisas para a caixa passar, e foi buscar uma lata de abacaxi. Ele voltou com a lata e perguntou à funcionária algo que eu não percebi, ela respondeu "não" e ele foi devolver a lata. Ela passou as compras dele, e quando ele se dirigiu à extremidade do balcão para ensacar, o "detector de roubos" começou a apitar. Ele fez uma cara de espanto, voltou e passou novamente. Mais uma série de apitos que chamaram atenção de todos os presentes, e o imigrante a fazer uma cara de espanto e abrir os bolsos insistindo em dizer que não havia pego nada. A caixa, com completa polidez, pediu-lhe para mostrar todos os bolsos e a bolsa que estava a carregar, além de passar por uma revista pelo segurança. À essa altura já estavam todos a olhar e eu estava muito incomodada com a situação pois na minha opinião, aquilo  só estava a acontecer pois o rapaz era imigrante. Quando eu me dei conta, estavam os três a rolar no chão: o suspeito, a caixa e o segurança, fiquei em choque, paralisada, com muita pena do rapaz. Ele gritava que não tinha nada, queria ir embora e não ia comprar mais nada... A caixa a indagar por que ele não queria ir aos fundos da loja ser revistado, já que não tinha nada a temer. Ele então foi, e de um corredor, a funcionária fez um sinal de positivo ao segurança. ela voltou com dois pacotes de Oreo, e outras coisas, entre elas a lata de abacaxi. Passou tudo pelo leitor de preços, falou o valor (5 euros e alguns cêntimos), o imigrante entregou-lhe uma nota de 20 euros, disse que ia levar um saco (aqui as sacolas são vendidas), enquanto o segurança estava no telemóvel a ligar para a polícia. A porta do supermercado estava fechada, para ele não fugir. E novamente quando me dei conta, estavam todos a se enrolar no chão novamente e o gaiato a gritar que queria sair. Um cliente estava a dizer para o segurança que ele não podia impedir que o imigrante saísse, então o segurança abriu a porta, ele saiu e as pessoas que estava do lado de fora, sem entender (mas creio que suspeitado) o que se passava, puderam entrar. A caixa, a dizer que ele nunca mais compraria nada no continente, passou as minhas compras e eu pude entar vir para a casa. Sei que não está certo roubar, mas no fundo fiquei com muita pena do gajo, foi uma cena tão constrangedora por conta de umas bolachas... Outra cena que me incomodou foi quando estava eu outro dia em outro supermercado e uma senhora na minha frente no caixa, a tirar as moedas de 1 e 2 cêntimos da bolsinha, na qual havia exatamente 0,89 euros o preço do vinho de caixinha, marca branca mais barato do Pingo Doce... Ela tinha aparência de alcoólatra, e estava a tremer, colocou o vinho no saco, esperou a caixa contar cêntimo por cêntimo, e ainda perguntou se estava certo, sabendo que estava pois ela não tinha levado nem uma moeda a mais, era tudo o que tinha na sua bolsinha. No dia eu achei triste, mas após a cena do roubo, me lembrei deste caso e passei a vê-lo de outra forma, mesmo vítima do alcoolismo, ela não perdeu a moral e os bons princípios.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Winter is coming.

Espero que o outono-inverno seja brando e não muito chuvoso pois a primavera está oficialmente encerrada aqui na Europa; ficam apenas as lembranças do lindo céu azul anil e de flores por todos os cantos...


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Casa-Museu Marta Ortigão Sampaio

Ontem tive o prazer de conhecer a Casa-Museu de Marta Ortigão Sampaio. A história de Marta é muito interessante, incluindo a "história de amor" de seus avós, que na verdade foi uma história de amor entre seu avô e sua tia avó...

Antônio era um humilde rapaz. Em um belo dia, viu uma jovem rapariga, pela qual ficou a morrer de amores. Naquela época, as coisas aconteciam muito rapidamente e Antônio não hesitou em falar com o pai da jovem e pedir-lhe a mão da adorável menina em casamento. Esta, era de uma família de posses, e portanto, Antônio poderia se casar com ela apenas se emergisse na sociedade e se tornasse um homem respeitável e possuidor de bens.
Antônio, morrendo de amores e disposto a fazer o que fosse necessário para poder casar-se com a sua paixão, emigra para o Brasil, onde não consegue todo o êxito que almeja, partindo então para o Chile, onde se torna um importante comerciante.
Ao contactar novamente a família de sua amada, Antônio descobre que esta faleceu. Em consequência, ele se casa com Olinda, a irmã de sua antiga paixão! Não vi retratos de ambas, para poder afirmar se elas eram parecidas fisicamente, dessa forma fazendo com que Antônio suprisse a perda de seu amor e a impossibilidade de tê-la em seus braços. De qualquer forma, de sua união com Olinda, nasceram três adoráveis meninas: Maria, Aurélia e Sophia. Aurélia e Sophia, sobre as quais falarei mais adiante, se tornaram grandes pintoras naturalistas. Maria casou-se com Vasco Ortigão de Sampaio, nascido no Rio de Janeiro, e foi dessa união, que nasceu Marta de Souza Ortigão Sampaio e também suas irmãs Maria Feliciana e Estela Maria.

Maria Feliciana casou-se mas não teve filhos. Estela Maria Faleceu ainda jovem e solteira. Marta, nascida em 19 de março de 1897, casou-se aos 50 anos com Armando Fernandes de Siqueira, 51 anos.
Marta (50) e Armando (51) quando em seu casamento. Fonte: balcaovirtual.cm-porto.pt 

Ambientada a história da vida e família de Marta, agora falarei sobre o museu que ela desejou que se criasse, e que se pudesse visitá-lo, ficaria muito contente. 

No início nos anos 1950, Marta solicita ao arquitecto José Carlos Loureiro a projeção de um edifício que seria mais uma residência para a família dela, mas já com a intenção de uma futura abertura (de certas partes da casa) ao público. Em 15 de janeiro de 1958, Armando falece, o que foi muito inesperado. Marta dá continuidade ao projeto de construção do edifício, entretanto nunca veio a habitá-lo. De seu casamento não houve filhos, assim, por testamento, ela legou à Câmara Municipal do Porto todos os seus bens, e deixando o pedido da criação de um museu onde se desse destaque às exposições de artes decorativas.

O edifício possui um belo jardim, onde avistei um belo gatinho, idêntico ao que estava na entrada, apenas notei que não eram o mesmo pois o do jardim, enquanto eu estava a fotografar as plantas estava a pedir carinho todo o tempo, e o que avistei na entrada foi muito arisco e debandou-se quando tentei aproximar-me. 

Encontre o gato







No interior dos seis pisos nota-se o gosto tradicional de sua encomendadora nos tetos decorados, puxadores de porcelana francesa, lustres e luminárias cheios de requinte e elegância. Nos quartos, salas e saletas, estão expostos alguns objetos que pertenceram à Marta, estando divididos em salas de joias, móveis, biblioteca, arte decorativa (vidro, derâmica, madeira) e pinturas. Como ela deixou todo seu espólio para a Câmara municipal, e não caberia tudo no edifício, alguns de seus pertences estão a compor a mobília de órgãos municipais, como a própria câmara.




Antônio, avô de Marta foi um grande mecenas, tendo inclusive dado suporte ao trabalho de suas filhas Aurélia e Sophia. Na Casa-Museu em questão há muitas de suas obras, as quais Marta herdou de suas tias:




Ao fundo, observa-se a obra "Santo Antônio" de Aurélia de Sousa, 189x99cm.
 Aurélia nasceu em Valparaíso, no Chile (lembram-se do começo da história de amor entre Antônio e a irmã de Olinda? Pois...) em 13 de junho de 1866, no dia de Santo Antônio e a obra citada na imagem acima é um auto-retrato da pintora.

Belo biombo decorado por Aurelia. O jornal que o coelhinho está a ler, possui o título em espanhol,  assim está a pintora a se referir às suas origens chilenas. 
Observa-se a coleção de jarros, adquiridos durante viagens. Potencial indicativo dos planos da criação de um museu para a exposição de objetos decorativos.


Joia com configuração zoomórfica

Joia com configuração zoomórfica

Joia do século XX, onde em muitas joias eram confeccionadas com moedas antigas. Esta foi produzida com moedas do reinado de D. João V 
 No local também há exposição de obras contemporâneas:
Corpo de papel 



A Casa-museu Marta Ortigão Sampaio localiza-se na Rua Nossa Senhora de Fátima, 291, Porto, Portugal.

Terça a  Sábado das 10h às 12h30 e das 14h às 17h30
Domingo das 14h às 17h30